Hoje:19 April, 2024

As Raízes da Publicidade

Conhecemos a publicidade estampada em revistas, jornais, outdoors, em comerciais na TV, jingles nas rádios e nas suas tantas outras formas. Você já parou para pensar aonde tudo isso começou? Procuramos bases sólidas para saber sobre a origem do que estudamos ou vemos por aí? Infelizmente, muitas vezes não. Não estou os culpando, talvez assumindo uma culpa por muitas vezes também não procurar sobre as origens. Só que a vida nos cobra certezas, convicções, e precisamos estar preparados para ela. E no mundo da publicidade, jamais, poderia ser diferente.

Ultimamente, tenho permitido a me instruir mais, buscar conhecimentos fora da universidade, limitar-se é o pior exemplo que você dá a si mesmo. Estou na fase que preciso de livros, quero saber profundamente sobre os assuntos, falar com propriedade. Hoje, falta um pouco de interesse, as pessoas querem os assuntos mastigados, esquecendo de ir além do início.

Ao ler o livro do João Anzanello Carrascoza, achei bem interessante o trecho em que ele conta que a utilização de versos sempre foi uma das características da nossa propaganda, que naquela época, que beirava meados do século XIX, cabia àqueles que conheciam às técnicas poéticas criar as primeiras mensagens publicitárias, a maioria em formato de convite, como a do Café Fama, de Casimiro de Abreu – O primeiro poeta brasileiro a fazer anúncios:

“Ah! Venham
fregueses!
E venham depressa
Que aqui não se prega
Nem logro, nem
peça.”

Conta também, que Olavo Bilac era um dos poetas mais requisitados pelos anunciantes em sua época. Que Carlos Drummond de Andrade se inspirou no universo publicitário para criar alguns de seus poemas memorialistas, que demonstra a ânsia dos consumidores diante de uma novidade e também ironiza o mundo da sociedade vinda de mercadorias, no qual os próprios produtos e seus sonoros nomes invadem o mundo íntimo de nossos sentimentos. 

Outro exemplo, que ele faz, é a crítica afiada à sociedade de massa que coisifica o homem, um excelente poema para visualizar isso é o “Eu Etiqueta“, uma versão poética da crítica dos filósofos da escola de Frankfurt à indústria cultural.

Engraçado como a literatura se mistura à propaganda e vice versa. Engraçado ver como a nossa geração busca mexer, praticar e esquece tanto do conteúdo, esquece da velha e boa leitura da parte teórica. Na época do disse e me disse, das notícias rápidas através das redes sociais, procurar as fontes são mais do que uma certeza, são um dever.

Não estou aqui para ensinar, não sou professora. Tão pouco julgar, pois me incluo de certa forma nesta crítica também. Olha, mas busco compartilhar e fazer com que reflita sobre qual tipo de profissional almeja se tornar. Em Publicidade conhecimento é uma das melhores cartas na manga que você possa ter.

Se você tem outras partes das raízes da propaganda para compartilhar conosco, não exite! Aproveite e coloque a fonte! Quem sabe não rola uma segunda parte das Raízes da propaganda? Abraços e até mais!


                                                  Facebook | Instagram | Blog

Juliana Hermes


Fala ai galera! Sou Juliana Hermes, Youtuber, relações públicas e mídias sociais do Canal UP, curiosa em edição e por assuntos novos. Gosto de participar de todos os processos do projeto, acho importante. Já sou formada em Tecnologia em Petróleo e Gás, mas algo me incomodava e eu precisava de mais. Aos poucos vou encontrando o meu caminho em Comunicação Social, Publicidade e Propaganda, e me apaixonando por essa profissão que não tem monotonia! Ainda existem muitas coisas que quero descobrir e poder compartilhar, afinal, a vida é uma constante mudança .

Share

Bacharel em Administração com especialização em Marketing e Publicidade. Publicitário, Viciado em Café e Apaixonado por Marketing Digital ♥

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *