Para nos relacionarmos na sociedade de consumo precisamos consumir o tempo todo e almejar novos produtos para substituir os que já temos – seja por falha, por acharmos que surgiu outro exemplar mais desenvolvido tecnologicamente ou simplesmente porque saíram de moda.
Na sociedade de consumo, as estratégias publicitárias e a obsolescência planejada mantêm os consumidores presos em uma espécie de armadilha silenciosa, num modelo de crescimento econômico pautado na aceleração do ciclo de acumulação do capital (produção-consumo-mais produção).
Planejar quando um produto vai falhar ou se tornar velho, programando seu fim antes mesmo da ação da natureza e do tempo de uso é a obsolescência planejada. Na prática, o termo se configura na programação da vida útil de um determinado produto, fazendo com que o consumidor seja induzido a utilizar novamente aquele produto contínuas vezes.
A obsolescência planejada garante aos comerciantes uma margem de lucro garantida, pois, ao ter seu produto descartado, a lógica mercadológica é ter sempre uma praça de consumidores ávidos a buscar aquele tipo de produto.
Os casos mais comuns de ocorrência da obsolescência planejada são em produtos eletro eletrônicos, onde o fabricante assume o compromisso da durabilidade e usabilidade de seus itens com um tempo de vida pré-determinado.
Afinal, quem hoje não está sedento por Iphone 8 Plus, ou um Iphone X? E aquele macbook? Viram só o novo lançamento? Até nos mais remotos lugares, como na nossa cozinha, sentimos a necessidade de se atualizar o tempo todo. Ou você não preferiria ter uma Dolce Gusto na sua casa, ao invés de sua cafeteira que apenas esquenta a água e te dá café preto? (Dolce Gusto me patrocina!).
São comparações que por mais que você se diga: não quero, não prefiro, não gosto, você certamente vai querer, precisar e AMAR. Isso é a revolução dos produtos e das tecnologias avançando, debaixo de nossos narizes. E é óbvio, nunca queremos ficar para trás.
É assustador pensar no preço, á longo prazo, que vamos pagar por isso. Mas no momento da compra, só pensamos em agir impulsivamente e comprar né? Concordando com a estratégia de marcas, que nós querem cada vez, aliadas a ela. E sim, marcas, nós precisamos de vocês! É a famosa “faca de dois gumes”, tudo tem seu lado bom e ruim, e muitas vezes amigo, precisamos ficar em cima do muro e não abrir mão, de usar do futuro, o que ele tem a nos dar.
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